" ...o poema não quer sair mas a poesia está cá dentro...." e o verso invadia minha vida em cada esquina da cidade... ele estava nas águas plácidas da "Veneza" de Paraty... nos olhos ávidos de paixão com a sedução do sorriso do canoeiro...
terça-feira, 10 de julho de 2012
O destaque do terceiro dia da FLIP foi a palestra do professor, escritor e
crítico literário da USP Alcides Villaça- com a palestra sobre o modernismo de
Drummond
Foi citado o poema Áporo e o Elefante sobre o existencialismo
presente no poeta
Falaram também das influências de Drummond e Sekini leu o poema Quarteto baseado em Quadrilha
do Drummond fazendo uma relação Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Carlos
Drummond e João Cabral de Melo Neto.... sobre suas características e destinos.
O professor citou a frase Drummondiana – "as emoções da minha vida eu
ascendi com a caneta na mão".
O destaque foi para o sentimento de busca que Drummond nos
passa naquilo que ele mesmo se intitulou – o gauche na vida –é por isso, segundo Villaça, que o poeta é universal.... todos nós queremos saber quem somos... para onde vamos?
A noite de ontem teve o auditório lotado com aplausos
calorosos ao Fernando Cabeira...falando sobre política –a relação público- privado....
ele foi ovacionado com frases como “ Eles roubam e a gente não consegue
evitar....” referindo-se às CPIs e Cachoeiras......
Ele disse também que considera que tivemos muitos avanços
Sociais com a união
gay, apesar de um grande número de assassinatos ainda continuar,citou grandes
conquistas sociais como o aborto e passeata para liberação da maconha..... mas
acha que ainda temos um certo autoritarismo.
A noite a quinta feira foi fechada com chave de ouro na Casa
da Cultura – o monólogo de Sura Berditchevsky – baseado na correspondência de
Drummond com a filha Maria Julieta..... uma encenação sensível como ouvi de
alguns expectadores.... de muita emoção.... mostrando o lado humano do
poeta.... o Drummond pai.... carinhoso...família... A atriz nos conta, no
início do espetáculo, seu desejo de voltar a atuar e seu encontro com o neto de
Drummond mostrando as cartas entre a mãe e o avô poeta.....
Lembrando que a peça está em cartaz em São Paulo no Espaço
Livraria Cultura – aos sábados e domingos.
Agora o mais prazeroso é olhar do lado e ver esta paisagem
bucólica com direito a pequenos barquinhos...canoeiros...tudo é poético... os
sabores e cheiros... afinal como disse Drummond “ que pode uma criatura senão
amar.....
“.....Amor é estado de graça.... amor é semeado no vento, na
cachoeira, no eclipse....”

quinta-feira, 5 de julho de 2012
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