quarta-feira, 3 de outubro de 2018

PASSEIO POÉTICO NO BAIRRO DE SANTO AMARO EM SAO PAULO

Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo - já dizia  Alberto Caeiro, heterônimo do poeta português Fernando Pessoa.
Foi com este objetivo de passear pelos bairros, descobrindo sua história, sua arquitetura e seu dia-a-dia que fizemos o passeio pelo bairro de Santo Amaro, em São Paulo, seguindo nossa guia de turismo Vera Lúcia Dias, sempre com o olhar poético de Valdyce Ribeiro.
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· A proposta do passeio poético no bairro é a de conhecer um pouco da história e particularidades de um determinado local. O primeiro bairro escolhido foi Santo Amaro, o próximo será realizado em outro local a ser determinado" disse  Valdyce Ribeiro, uma das organizadoras do passeio poético.
Passeio, com paradas para leitura e interpretação de poemas, espaço também para ouvir pequenos relatos cheios de surpresas e curiosidades.
Estávamos emocionados com a chegada da primavera, corações alegres e amorosos, animados com a presença  do grande professor de turismo Vanderley Scalise.. Então vamos lá...
Localizado na Zona Centro Sul do Município de São Paulo, Santo amaro já foi um município independente.
Surpreso? Pois saiba que foi incorporado à cidade Paulistana somente em 1935.
Começamos nosso passeio pela Catedral de Santo Amaro,fundada em 1924. Confesso que não a conhecia - um encanto! Tombado pelo Patrimônio Histórico-fundada em 1924, -agora esta ali, no coração do centro comercial!
Inspirados pela sua beleza, foi neste local que declamei um poema da nossa poeta paulistana Valdyce Ribeiro, que também nos deu a honra de sua presença - ao lado do jardim, cultivado com flor africana que a inspirou o poema Estrelícia! " Flor em forma de ave...."   
Continuamos nosso passeio na avenida movimentada, com muitos ônibus, poluição  mas... afinal... nossos corações estavam envolvidos na doce chegada da primavera...Vera Lucia nos contava da influência dos alemães e das figuras populares do local
Que bom saber que o bairro teve um ilustre convidado: Dom Pedro II - foi ele que inaugurou a linha térrea de São Paulo a Santo Amaro, isso tudo em 1886!
Chamou nossa atenção a beleza da sentinela - segundo Vera, árvore com galhos fora da raiz - parada para foto! Lembramos que no dia anterior havíamos comemorado o dia da árvore, tão pouco lembrado em nossos dias de tanta tecnologia e correria!
Na pracinha já quase esquecida pelo poder público, sentamos para ouvir mais um poema - "Quando vieres.... venhas sempre um dia antes, porque serei feliz com antecedência....Quando vieres - venhas simplesmente porque é assim que te espero!" de Valdyce Ribeiro
Eis que avistamos o imponente e tradicional teatro Paulo Eiró, entramos para conhece lo depois de reformado, agora sob cuidados da Prefeitura e do Grupo Tapa de Teatro. Fiquei feliz com esta notícia, afinal é um dos melhores grupos teatrais de São Paulo, referência em montagens clássicas e obras que nos levam a reflexão.
Paramos para apreciarmos a beleza do grande painel de Julio Guerra
e ouvíamos histórias sobre Adolpho Pinheiro e o próprio Paulo Eiró- com sua história de amor não correspondido. Ah! as histórias de amor sempre nos fazem suspirar! " Chegou de viagem e se deparou com o casamento da sua amada Afrosina"! Como gostaríamos de ouvir um final feliz! "Meu fim de semana foi maravilhoso, no sábado conheci pessoas muito bacanas, felizes, cheias de disposição." afirmou Mariovaldo Lopes
 Voltamos à realidade caminhando de volta para o Largo 13, que reúne barraquinhas e lojas de roupas, sapatos e cosméticos, passando pela Santa Casa local, em seguida fotografamos o coreto da praça, certos de que gostaríamos, como disse a nossa guia Vera, que todos os coretos da cidade fossem ocupados pela música! Que sonho! 
Chegamos no shopping Largo Treze inaugurado em 2010, seguimos para a Livraria Nobel e comemoramos nosso encontro de histórias e poemas."  Antes de encerrar a amável mulher se aproxima, ela havia adquirido dois livros de poesia de Valdyce- Eu imediatamente me prontifiquei " quero declamar um poema da Valdyce só para você"  mas quase nem consegui terminar o poema dedicado à Rosa Branca - me deparando com sua emoção e olhos lacrimejados. Tudo vale a pena se a alma não e pequena, já dizia nosso poeta português Fernando Pessoa...
e o poema da Valdyce engasgado em mim terminava assim " se não fosses para viver neste poema, eu teria me arrependido de trazer te para casa, tão distante da roseira, pequena Rosa Branca" - valeu a pena! E eu entreguei a Rosa Branca a doce Gislaine Kizys  





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Marivaldo Lopes adicionou 30 novas fotos — com Vera Lucia Dias.A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, pessoas em pé, atividades ao ar livre e natureza

17 h
Meu fim de semana foi maravilhoso, no sábado conheci pessoas muito bacana, felizes, cheias de disposição. Participando de uma caminhada histórica no bairro de Santo Amaro, bairro que já foi município, já teve bonde em SP, e hoje é um dos maiores centro comerciais da zona sul